domingo, fevereiro 05, 2006

Fiscalização

A fiscalização das baixas médicas é, no mínimo, aquilo que se deve fazer num país com graves problemas financeiros e de produtividade como o nosso.
Acresce a estes facto a circunstância de sermos dos países onde as baixas fraudulentas são vistas com a maior das passividades, basta ver, com as devidas ressalvas, o caso dos atestados médicos em Guimarães e o facto de, no ano passado, uma em cada três fiscalizações da Segurança Social ter acabado com a perda do subsídio.
É inadmissível que um funcionário esteja de baixa médica durante x tempo e ande todo contente a passear com a mulher e filhinhos enquanto o resto dos Tugas lhe paga para ele o fazer.
Além disso, não percebo o porquê de tanta discussão!
Se as pessoas são responsáveis e actuam de boa fé, como dizem, de certeza que as baixas médicas são verdadeiras e, portanto, essas pessoas estão mesmo doentes e impossibilitadas de ir trabalhar, não tendo nada a esconder a uma possível fiscalização.
Sinceramente não é isto que transparece de tanta confusão levantada sobre o assunto...
No entanto, como em tudo, é importante que se estabeleçam regras específicas para estas fiscalizações; não é a mesma coisa estar-se de baixa com uma gripe ou estar-se de baixa por problemas psíquicos. Neste último caso, ao contrário do primeiro, a pessoa está impossibilitada de trabalhar, mas não impedida de sair de casa, aliás o contacto com outras pessoas certamente ajudará à recuperação deste tipo de problemas.
A questão que levanto é se, assim sendo, as baixas não vão passar a ser todas passadas com a possibilidade de as pessoas se ausentarem de casa. Vão começar a estar todos maluquinhos!!!!!!